Antes de mais quero relevar a coragem daquela Jovem que foi "agradecer" a Passos Coelho o epíteto de ignorante, com que o líder do PSD quis brindar todos os que, através do programa "Novas Oportunidades", procuram a sua valorização pessoal e profissional.
Depois, não posso deixar em claro a resposta dada e o modo displicente como a deu. Ficou patente o elitismo e o desprezo de Passos por quem não teve oportunidade de frequentar a Universidade e teve necessidade de agarrar a "enxada", bem cedo, enquanto muitos dos actuais senhores doutores - quiçá o próprio Passos Coelho - deambulavam pelas Universidades e outras escolas, sem grande aproveitamento, e a consumir recursos públicos que os primeiros produziam.
Não pretendo, de modo algum, desvalorizar o ensino e o sistema de formação tradicionais, o que eu pretendo é dar o seu a seu dono. Se é certo - e certamente será - que há casos nas Novas Oportunidades em que os formandos o que verdadeiramente pretendem é uma certificação, pergunta-se: e no ensino tradicional?!, não é verdade que muita gente o que verdadeiramente procura é o canudo?
Estou farto de me cruzar com verdadeiros ignorantes - ignorância certificada por lustrosos diplomas universitários. Todavia, porque usam o título de senhores doutores, essa ignorância, só por isso, para alguns, Passos Coelho incluído, parece que vira sapiência.
É uma mentalidade salazarenta, que pelos vistos continua a fazer o seu curso.
O País merece melhor.
Na última A.Municipal, ficou mais uma vez demonstrado que a falta de obras nas freguesias, não deriva da falta de receita por parte da Câmara Municipal, a qual, tendo sido a maior de sempre, ultrapassou os 16 milhões de euros em 2010. Resulta isso sim, do brutal aumento da despesa corrente, subsequente à contratação de pessoal a esmo, sem qualquer necessidade, apenas com o intuito de satisfazer amigos compadres e correlegionários.
Refira-se, apenas, que a receita liquida da Câmara, nos últimos 3 anos, cresceu 17%, cerca de dois milhões e quatrocentos mil euros, sendo que em 2010 cresceu 5,9%, ou seja, 899.500€. Em contrapartida, não obstante o Presidente da Câmara ter assumido no início do ano passado, que 2010 seria o ano de redução de dívida e programação dos anos seguintes, razão pela qual não orçamentou verbas para execução de obras nas freguesias, o facto é que essa redução de dívida não chegou aos 700.000€, tendo sido mesmo inferior em mais de 200.000€, ao acréscimo de receita registado.
Como se vê, a crise e a invocada redução de transferência de verbas do poder central, tem as costas muito, muito largas.
Nota: Os dados citados foram apresentados pela bancada do P.S. na referida A.M. e não foram contraditados.
Conclui-se que não se trata apenas de má gestão. Trata-se isso sim, - e verdadeiramente -, de gestão danosa.
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