Conheço bastante bem o Jacinto Pereira de Sousa, assim como a Fátima Guimarães. Um, o homem do salamaleque, da vénia, da frase rebuscada. Com um problema que nunca conseguiu resolver ou ultrapassar: que é o de considerar que o seu valor não é e nunca foi devidamente reconhecido pela socidade povoense, assim se considerando um eterno injustiçado. Outra, ambiciosa, convencida, sempre a chegar-se à frente, putativa candidata a tudo, mas sem estofo e dimensão política que lhe permitam disputar os lugares almejados. Um e outro velhos militantes e acérrimos defensores do PSD, ora por convicção, ora, eventualmente, por interesses. Ambos figuras de destaque do jet set local.
É sabido como foi duro para o Jacinto não ter sido nomeado, como na altura esperava, adjunto do Governador Civil, como por certo agora não foi menos duro ter sido novamente ultrapassado no referente à Administração da Braval. Por isso, também é francamente imoral e manifestamente desonesto, terem-lhe criado essas expectativas. Acho que o deviam ter tratado com mais respeito e frontalidade.
Todavia, creio que seria um desastre para o PS, aceitar a integração de qq deles ou de ambos, nas suas listas para as próximas eleições Autárquicas.
Acho que o PS tem uma filosofia e uma personalidade próprias e dispõe de militantes e simpatizantes em número e qualidade suficientes para sustentar as suas candidaturas. Não me parece que deva agora o Partido Socialista, dar guarida a frustrados e ressabiados de outros partidos, nomeadamente do PSD. As organizações políticas, devem ser espaços aglutinadores de pessoas e vontades em ordem à construção de um determinado modelo de sociedade e não instrumentos ao serviço vindicta pessoal.
Aceitar qualquer dos dois como candidados do Partido Socialista, corresponderia a negar ao PS uma identidade própria e a transformá.lo num autêntico albergue espanhol. A aposta, para além de incoerente e contra-natura, é demasiado arriscada e pode pôr o PS em frangalhos. Pensem bemn enquanto é tempo.
A ser verdade que a Fátima Guimarães vai integrar a lista o P.S. para a Câmara Municipal, só posso concluir que o PS se está meter por caminhos demasiado tortuosos, que em nada vão ajudar ao seu score eleitoral.
Acho bem que a candidatura saia do âmbito da estrita militância partidária, mas sem perder a sua identidade e caracterização. Incluir a referida senhora nas listas do PS é renunciar aos valores que caracterizam o partido e de que ele se reclama, o que se traduzirá em desinteresse de muitos simpatizantes do PS, pelas eleições e pela política. É um verdadeiro tiro no pé. Mais do que isso. É vender a Alma ao Diabo.
O jantar do P.S., segundo rezam as crónicas, foi muito concorrido, independentemente do nº exacto de participantes. É avisado que o P.S. saiba aproveitar este elan, para se preparar para os actos eleitorais que aí vêm, a começar pelas eleições europeias, que constituirão o 1º grande teste à capacidade de mobilização dos partidos e a sondagem mais fidediga quanto ao resultado das seguintes.
De qq modo, tratou-se de uma interessante prova de vitalidade.
Nunca foram tão pobres, como este ano, as comemorações do 25 de Abril na Póvoa de Lanhoso. Houve um manifesto desinteresse, ou desprezo mesmo, pela data e pelo que ela significa. Existiu alguma animação, mas decorrente das cerimónias da Queima das Fitas do Isave, nomeadamente a benção das pastas. No mais, o 25 de Abril, passaria práticamente despercebido, não fosse a prática desportiva de alguns miúdos na (curiosamente, avenida) 25 de Abril e no Parque do Pontido.
Ainda não chegamos ao extremo de aproveitar a data para homenagear Salazar. Mas por este caminho, e com este poder autárquico, não tardará muito. Oxalá me engane.
O 25 de Abril não vai ser comemorado na Madeira, por decisão do Presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim e seus acólitos
Em Santa Comba Dão - poder municipal afecto ao PSD -, vai ser homenageado, no
próprio dia 25, António Oliveira Salazar, o Presidente do Conseho do Estado Novo.
Não sei se devemos tomar isto - e tudo o mais a que por aí se assiste - como aviso ou provocação. A provocação é clara. Mas o importante é o aviso. E, a meu ver, devemos tomá-lo a sério. Muito a sério.Enquanto é tempo.
Eu vivi Abril. Estava lá. Também me levantei naquela madrugada para marchar para Lisboa, em auxilio do Salgueiro Maia. Não foi preciso. Felizmente.
Mas vivi Abril. Com muita intensidade. Com muita paixão.
E já (quase) passaram 35 anos. Tão rápido! Parece que foi ontem.
Comemoremos Abril. Honremos Abril. Para que Abril se repita. Sempre!
Não vou perder o debate de hoje - prós e contras -, com os cabeças de lista às eleições Europeias.
Embora se diga - e as sondagens apontam nesse sentido - que há um enorme desinteresse por estas eleições, elas revestem-se de grande importância para a Europa, muito particularmente para os países mais pequenos e de economias mais débeis, como é o caso de Portugal.
Não imagino - ninguém imagina - o que seria o nosso País, hoje, sem os fundos vindos de Bruxelas. Estaríamos, certamente, num estádio de desenvolvimento muitíssimo mais atrasado do que nos encontramos actualmente. E qual seria a nossa real situação económica e social, num contexto de crise generalizada a nível mundial, como o que ora vivemos, sem a cobertura do Euro? Dramática, sem dúvida. O escudo não teria qq aceitação no âmbito das trocas comerciais, o que nos conduziria a uma economia eurolarizada, por razões de proximidade, mas sem os benefícios e a cobertura do Euro em termos das trocas comerciais com o exterior. Em boa hora negociamos a respectiva adesão. Em boa hora um pleiâde de políticos e líderes de opinião, com visão e sentido de Estado, com Mário Soares à cabeça, nos apontaram esse caminho.
Pena é que, agora, não saibamos honrar esse esforço e pragmatismo e reconhecer o valor da Europa, para participarmos, enquanto cidadãos de corpo inteiro nas suas decisões, pela via que mais directamente nos permite interferir no seu curso e evolução - o voto.
Soube-me bem este tempo de Páscoa de que hoje me despeço. Para semana temos outros mtivos de alegria. Comemoramos o 35 do 25 e na semana seguinte temos o 1º de Maio, com fim de semana prolongado e tudo. Não há só nuvens negras a pairar sobre a nossa cabeça. No meio da tempestade, também surgem boas-abertas.
Últimamente tem andado tudo numa azáfama febril, por causa dos tão falados levantamento do sigilo bancário e do crime por enriquecimento ilícito. E vai por aí uma grande confusão. Até já há quem pense que o levantamento do sigilo bancário permite que um simples funcionário bancário possa divulgar o património financeiro de qq pessoa. na via pública. Nada mais errado. O levantamento do sigilo bancário, se vier efectivamente a ser considerado, visa tão sómente permitir o acesso às contas bancárias por parte da administração fiscal, para efeitos de corrigir, se for o caso, nomeadamenteonde quando sejam manifestos os sinais exteriores de riqueza, a respectiva matéria colectável e a correspondente tributação. Ou seja, quando estamos a falar de quebra de sigilo bancário, estamos a referir-nos apenas ao acesso às contas por parte da Ad. Fiscal para efeitos de tributação, não na quebra tout court, já que no âmbito penal, essa possibilidade há muito que se encontra em uso e legalmente consagrada.
No que toca ao enriquecimento ilícito, a questão é bem diferente, se tal implicar, como parece ser o caso, da inversão do ónus da prova. Para além de me parecer, que já existe suficiente legislação sobre a matéria, não me parece aceitável que um tal valor jurídiuo seja posto em causa, sem que tal não seja considerado um verdadeiro retrocesso civilizacional.
Por mim, estou de acordo com tudo com possa combater eficazmente a fraude e aevasão fiscais, pois numa sociedade moderna e democrática todos devem contribuir para o funcionamento das suas instituições, dentro de determinados parâmetros de razoabilidade e justiça, pois todos beneficiam delas, mas não posso estar em mais desacordo, com o atropelo de direitos básicos de cidadania, como sejam, no âmbito penal, a inversão do ónus da prova, em vista de uma mais eficaz cobrança fiscal.
Está convocada a Assembleia Municipal, com vista à aprovação da proposta de contratação de mais um empréstimo, este no montante de 470.000€.
Mais dívida!
" O Monstro", na expressão do Prof. Cavaco Silva, está a crescer desmesuradamente.
A sua necessidade não decorre directamente da Construção do Centro Educativo, como pode ser-se tentado a inferir da informação veiculada pela Câmara, mas antes da delapidação de recursos em festas, passeios e em múltiplas iniciativas de nenhum ou escasso interesse, bem como da contratação de serviços a gabinetes externos de arquitectura e engenharia, quando tais serviços podiam ser prestados pelos técnicos da Câmara, isto para além do emprego político, a esmo e sem critério, de que constituem acabado exemplo o Vereador da Câmara de Braga, Rui Rio e o Presidente da Junta de S.Torcato Bruno (Fernandes?), tudo isto como amostra de uma gestão no mínimo desatenta e descuidada.
Com uma gestão racional e cuidada, como é requerido em qq empresa que tem de garantir a sua viabilidade e sustentabilidade económica, a Câmara não teria necesidade de recurso ao crédito em montantes tão significativos.
Mas pior do que isto é, a meu ver, a própria opção da construção do Centro Educativo naquele local, como já o demonstrei, no meu post de 12/02, sob o título "opções erradas," que aconselho a visitar, a quem pretenda melhor formar o seu próprio juízo sob a matéria.
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